Dramaturgia Carol Montone
*******A montagem reúne trechos de obras e citações livremente adaptados de: Alan Poe, Antônio Cândido, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Isaac Newton, Marta Medeiros, Victor Hugo e Woody Allen.



A estréia deste projeto em 16 de setembro é fruto de uma parceria com a Biblioteca de São Paulo
www.bibliotecadesaopaulo.org.br
Muito mais do que um local para guarda de livros, a biblioteca é um centro cultural ativo, democrático e diversificado. Um exemplo efetivo de ressignificação de um espaço. Funciona no Parque da Juventude, antigo Carandirú.

Galeria Cenográfica

Passeie até o fim da página, onde quer que possa ir, com a ajuda de seu dedo.
Não tenha medo!
A coragem cresce com a ocasião.....


a altura do tombo


O destino que não se acomoda em meus passos



varrendo a sujeira para dentro dos olhos....




"O medo sempre me guiou para o que eu quero e porque quero temo" Clarice Lispector


Quem tem medo de palhaço?


"E que corajosos somos nós, que mesmo diante de um medo tão justificado amamos outra vez. Quantas forem as vezes que o amor chamar. Fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo" Martha Medeiros


se não fosse aquele velho medo de....

"Nessa rua tem um bosque que se chama solidão..."




"Se essa rua se essa Rua fosse minha"Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Foi porque
Só porque te quero bem


sombra

"Tem alguém aí? Quem está aí? Quem é você? Eu não tenho medo de você"


"Eu nasci sozinha. Morrei sozinha. E não tenho nenhum medo disso não senhor" (partes soltas)

"Não deixe que vejam minha capacidade de amar vazar pelo vão dos dentes"






"Eu quero crer na esperança. Aquela que combate qualquer temor. Esperança é o nome da minha avó. Ela me trazia sonhos de baunilha na meninice" (parte solta da montagem)

Toda a poesia de correr o risco....

"Posso até nem voar, pois é de deus esse lugar, mas do tôpo topo me jogar
Posso até nem voar, mas na hora certa as asas vão brotar.. e senão.. faço um avião
Na Medida do Impossível"
* Trecho da canção "Coisas Que o Vento Vem as Vezes Nos Dizer" de Daniel Mã



ESPELHINHO
esperei um branco rosto, dar qualquer sinal de vida
tinha a boca retocada com o sinal de partida

esperei um espelho vivo recobrar todo perdão
mas se ver de perto finge, que é fácil mas não é não

a demora de se olhar não é um acaso em vão
um receio de sonho a luz do dia, de se perder no clarão

mas de tudo que se gosta molha, eu quero a vontade de te ter
refletindo o eu e o você

é tudo um filho que vai embora, levando consigo toda obra
pronto pro mundo receber

Daniel Mã - compositor, músico e diretor musical do espetáculo Com Medo Do Medo.
* Esta canção compõe a trilha da montagem



Eu sabia que corria o risco de não suportar amanhecer. Temia a imagem de cada raio de sol a me tomar o outro dia. O antes. Aquele tempo sem futuro que o passado não impediu onde estive entregue ao medo de não ter medo. Aquela praia de silêncio onde existo. Resisto. Resido. Resíduo...Naquela noite não pude dormir ameaçada pela realidade de novas horas em que também eu seria só mais um ser humano ameaçado pelo respeito a alguma coisa qualquer que se apredeu a temer tanto nú , quanto em praça pública. Na reza solitária e no sonambilismo da multidão."

"Temo pelo destino dos amantes..."





Você tem medo de que?

Todo mundo tem medo de alguma coisa, mas os loucos tem medo de outra....
Trechos....

"O medo come a gente pelas beiradas. É como o fogo ateado na borda da fotografia"

"Sem água um sujeito pode resistir por algum tempo. Sem companhia isso pode durar muito mais"

"Tenho medo de viver para morrer. Tenho medo do fim do mundo que já aconteceu em mim. Das catastrofes anunciadas não. Destas tenho apenas nojo"

"O medo da desgraça é pior do que a desgraça. É um poço sem fundo de hipóteses"

"Tenho medo de nunca saber se dou ou não o dinheiro para o pivete"

"Tenho medo de ajudar uma velhinha atravessar a rua e assistir meu peito ser cruzado por uma bala perdida. É isso mesmo! Tenho medo da honra. Tenho medo de um dia, na falta de pão esquecer o que é dignidade"

"Somos apenas uns homens e as existências são poucas. Carteiro...ditador..."
"COM MEDO DO MEDO"

Humor e dor, sátiras à neurose na literatura fantástica e o temor referente a impotência
Dramaturgia e direção geral Carol Montone
Direção Musical Daniel Mã

Uma parceria com a Biblioteca de São Paulo
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