Eu sabia que corria o risco de não suportar amanhecer. Temia a imagem de cada raio de sol a me tomar o outro dia. O antes. Aquele tempo sem futuro que o passado não impediu onde estive entregue ao medo de não ter medo. Aquela praia de silêncio onde existo. Resisto. Resido. Resíduo...Naquela noite não pude dormir ameaçada pela realidade de novas horas em que também eu seria só mais um ser humano ameaçado pelo respeito a alguma coisa qualquer que se apredeu a temer tanto nú , quanto em praça pública. Na reza solitária e no sonambilismo da multidão."

"Temo pelo destino dos amantes..."